sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Técnica de leitura para crianças facilita alfabetização






“Desde muito cedo eu lia estórias para [minha filha] em voz alta, mostrando o texto que estava lendo, e apontando para cada palavra lida – a criança tem que entender desde pequena que a escrita representa a fala. Isso também vai ajudar a criança a compreender melhor a estrutura da linguagem, por exemplo que existem espaços entre as palavras e que a escrita vai da esquerda para a direita. A meu ver esta técnica dá excelentes resultados. Eu recomendo!”

Pois minha recomendação foi comprovada cientificamente!

Um artigo muito interessante publicado no blog MindShift relata que estudos recentes demonstram que é o "conhecimento da palavra impressa", e não apenas a experiência geral com os livros, que avança a capacidade de crianças para a leitura. "O conhecimento da palavra impressa" é a consciência da mecânica do processo de leitura, como o fato de que o português (ou inglês) é lido da esquerda para a direita e que as palavras escritas são um mapa das palavras faladas.

Adultos geralmente assumem que as crianças têm esse entendimento, mas uma pesquisa recente feita nos EUA  demonstrou que crianças se beneficiam quando esses aspectos da palavra impressa são apontados explicitamente. Na edição de maio-junho da revista Child Development, os autores do estudo relatam que quando professores pré-escolares atraíram a atenção dos alunos para elementos da mecânica do processo de leitura ao ler para eles, as habilidades das crianças em leitura, escrita e compreensão melhoraram muito. Esses resultados positivos foram de longa duração, ainda sendo aparentes dois anos mais tarde.

Quando um adulto lê para uma criança, o desenvolvimento dessa consciência da mecânica do processo de leitura pode ser incentivado por meios não-verbais, como por exemplo apontando para letras ou palavras na página, ou por instruções e explicações verbais (dizer por exemplo, “Este é o nome da autora, que escreveu todas as palavras nesta página”).

O artigo do MindShift pode ser acessado na íntegra aqui.   


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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Ciência sem Fronteiras e sem fundos



No post “Inscrições para 13 mil bolsas de estudo no exterior para brasileiros se encerram dia 15 de janeiro de 2012!”  falo do Programa Ciência sem Fronteiras, que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação. 

Criado no fim de 2011, o programa tem como meta enviar 101 mil universitários e pesquisadores para intercâmbios em universidades estrangeiras até 2015.

Hoje, no entanto, um artigo na Folha de São Paulo revelou que atrasos no pagamento de bolsistas do programa levaram uma universidade britânica a oferecer "empréstimo de emergência" a alunos prejudicados pela demora no repasse do governo brasileiro. Segundo a Folha de São Paulo a dívida da Capes (órgão do Ministério da Educação responsável pela concessão de bolsas a estudantes do programa Ciência sem Fronteiras) com cada aluno chega a 2.000 libras (R$ 6.557). 

Aparentemente atrasos no pagamento de bolsas também já foram detectados na Itália, Suécia e Alemanha. Uma vergonha.

Leia a reportagem da Folha na íntegra aqui



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