quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Governo brasileiro pode custear bolsas de estudo para 10 mil universitários estudarem na Grã-Bretanha

O jornal inglês The Guardian noticiou recentemente que o Ministro das Universidades britânico esteve no Brasil em junho para discutir uma proposta que segundo ele será altamente lucrativa para o ensino superior britânico, mas que recebeu duras críticas de políticos aqui no Reino Unido.



A proposta foi discutida em uma reunião que teve participação de ministros brasileiros e britânicos e 13 vice-reitores de universidades. A idéia é que o governo brasileiro custeie bolsas de estudo de até £18,700 para 10 mil estudantes brasileiros passarem nove meses em universidades britânicas.

Segundo um porta-voz da Universities UK, instituição que representa as universidades do Reino Unido, “um programa de bolsas de estudo bem sucedido trará claros benefícios para o ensino superior e para a economia tanto do Reino Unido quanto do Brasil, contribuindo para a base de conhecimentos de ambos os países, encorajando colaboração em pesquisa de primeira linha e facilitando o intercâmbio de alunos e professores”.

Em maio, Dilma Rousseff afirmou que o governo brasileiro pretende conceder 75 mil bolsas de estudo no exterior até 2014. Segundo ela, cerca de 5 mil brasileiros estudam atualmente em países como a Alemanha, França e Estados Unidos.

O artigo completo do Guardian, com detalhes das críticas feitas à proposta, pode ser lido aqui.


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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Devemos usar apenas uma língua com crianças que apresentam atraso no desenvolvimento da fala?

No post 'Bilinguismo e atraso no desenvolvimento da fala' menciono que quando crianças que estão crescendo num ambiente bilíngue demonstram algum tipo de atraso ou distúrbio da fala, professores e até mesmo profissionais de saúde muitas vezes assumem que o problema é causado pelo bilinguismo e recomendam que a família passe a falar com a criança apenas na língua do país de residência.



A especialista Madalena Cruz-Ferreira, PhD em Linguística e Fonética pela Universidade de Manchester, publicou recentemente um excelente artigo entitulado “Recommending Monolingualism to Multilinguals – Why, and Why Not“ (Recomendar monolinguismo a multilíngues – Por que, e por que não), onde ela discute em detalhe essa recomendação às vezes feita, em casos de distúrbios clínicos da fala de crianças bilíngues ou multilíngues, de “mudar para um só idioma”. No texto, Madalena oferece reflexões sobre a viabilidade prática deste conselho, as razões que podem motivá-lo, e se tais razões estão de acordo com o que especialistas sabem sobre multilinguismo e distúrbios fonoaudiológicos.

A autora conclui seu artigo dizendo que a mensagem que ela quer transmitir é que o multilinguismo não é doença nem causa de distúrbios. Em caso de suspeita ou confirmação de um distúrbio clínico em crianças bilíngues ou multilíngues, a mudança para uma única língua não vai resolver o transtorno – vai simplesmente resultar numa criança monolíngue com distúrbio.

O artigo pode ser lido na íntegra aqui.


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