terça-feira, 22 de maio de 2012

Mais comentários interessantes – Quando os pais não são falantes nativos


Muitos comentários interessantes são postados aqui no blog, os quais nem sempre chegam ao conhecimento de todos os leitores. Continuo portanto publicando alguns deles em novos posts, e hoje reproduzo aqui comentários feitos a  ‘Quando um dos pais não fala português’ e ‘Crianças bilíngues e o valor das línguas’, que dizem respeito a pais brasileiros, vivendo no Brasil, que decidiram falam inglês com seus filhos no dia a dia, para que se tornem bilíngues.




Eros comentou em 28 de janeiro de 2011:

Olá Claudia, somos brasileiros e moramos no Brasil. Sou pai de uma tampinha linda de 2 anos, e gostaria de começar a conversar somente em inglês com ela. Porém, no início desse post você fez referência a especialistas que não aconselham isso. Você poderia me dar mais detalhes sobre esta informação? Obrigado, Eros

Claudia Storvik comentou em 28 de janeiro de 2011:

Olá, Eros. Posso sim. O que o post diz é que alguns especialistas acham que tal conduta pode afetar de forma negativa o relacionamento futuro com a criança. Essa sugestão é feita dentro do contexto de famílias morando fora de seu país de origem. O abandono da língua materna pelos pais é desencorajado por questões de identidade da criança e preservação das relações familiares, bem como outros aspectos que também não se aplicam ao seu caso. Muitas famílias fazem o que vocês estão planejando fazer. A tarefa não é nada fácil, mas se você for realista e perseverar, não vejo por que não possa dar certo. O artigo neste link provavelmente vai ser útil pra você: http://www.multilingualliving.com/2010/04/23/non-native-speakers-can-raise-multilingual-children/  Go for it! Quando precisar de ajuda estaremos aqui. Um abraço, Cláudia

Daniele comentou em 7 de dezembro de 2011:

Cláudia, descobri seu blog hoje e confesso que estou amando tudo que encontro por aqui. Eu e meu marido moramos no Brasil, mas ambos somos fluentes em inglês. Já conversamos sobre isso e decidimos que nosso filho (estou grávida de sete meses) ouvirá apenas inglês dentro de casa. Peço perdão se estou fazendo perguntas que já foram respondidas em outras postagens, mas minha duvida é sobre como devemos agir por exemplo, num ambiente onde todos falam português. Deixe-me tentar explicar melhor. Digamos que estamos na casa dos meus sogros. Todos falam em português, inclusive eu e meu marido. Quando formos nos dirigir à criança, devemos fazê-lo em inglês? Pensando aqui com meus botões creio que no futuro isso pode causar o bilinguismo passivo pois meu filho estará ciente de que os pais falam português... O que fazer?

Claudia Storvik comentou em 7 de dezembro de 2011:

Ola Daniele, obrigada pelo comentário. Como em tantas outras situações relacionadas a bilinguismo, aqui não existe uma regra fixa, cada um age da sua maneira. Você tem que seguir seu instinto e decidir o que é melhor para o seu filho. Um abraço, Cláudia

Danielle comentou [em referência ao comentário da Daniele, acima] em 9 de abril de 2012:

Me chamo Danielle também, eu estou passando por isso aqui… Tenho um menino de 1 ano e 7 meses e em casa só eu falo inglês com ele. Todos da família, inclusive meu marido, só falam português, daí tenho medo que ele só seja passivo. Na rua e em outros lugares é muito complicado, mas tento esclarecer meus objetivos e até agora tento me manter fiel a eles. Gostaria de trocar experiências, saber como você está conseguindo, pois pra mim tem sido difícil, se quiser avise que trocaremos e-mails. Boa Sorte!


Lei mais sobre o tema

Abaixo, uma lista de links com artigos interessantes sobre pais que educam filhos em línguas diferentes de suas línguas maternas:



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9 comentários:

Sofia disse...

Adoro o seu site parabéns :)
Deixa-me mais informada e aliviada com com a questão do biliguismo.
Ainda escrevi sobre o assunto hoje lá no meu cantinho :)

beijo

Inaie disse...

Minhas filhas são bilingues apenas por que moramos no exterior há muitos anos. Vejoa dificuldade que alguns pais tem em manter a lingua nativa da criança num ambiente predominantemente diferente. Minhas filhas tem sorte, elas passam tres meses por ano no Brasil, com avós, primos e amigos, por isso nem sotaque tem.

Minhas sobrinhas moram no Brasil, mas tambem sao bilingues, os pais e todos os outros familiares falam portugues com elas. Elas frequentam a escola americana e o ingles delas á tao fluente quanto os das minhas meninas, que moram fora do Brasil ha 12 anos.
Talvez uma boa solução seja "terceirizar" o aprendizado da lingua, já que a comunicação com o seu próprio filho vai muito além da lingua escolhida para as conversas...

Bete Strøm disse...

O meu filho de dois anos falam poucas palavras, mas jah sabe a diferenca entre portugues e noruegues ( eu vivo na Noruega) Sempre que ele fala alguma palavra em noruegues eu repito em portugues...Exemplo Bil " carro" Vann " agua" e ele me pede agua em casa, sei que ele esta se desenvolvendo bem, porque no barnehage "creche" ele pede vann, ou kaker " bolo" . Nao vou desistir, quero que ele fale os dois idiomas e ainda vai aprender ingles na escola, ou seja vai crescer em uma tacada soh trilingue... eita orgulho... bjs

Dany e Juliano disse...

Achei super interessante esse blog, pois estou pesquisando sobre o assunto para decidir o que é melhor e mais produtivo fazer com meu filho. Sou fluente em inglês mas moro no Brasil, e meu filho tem 3 meses. Estou considerando falar só inglês com ele, mas o problema é que do nosso círculo íntimo (família e amigos próximos) só eu falo o inglês. Não sei como meus familiares vão reagir quando me verem falando só inglês com ele. Meu marido apóia essa decisão, pois acha que será mais fácil o aprendizado agora do que depois. Por enquanto eu ainda falo o português com ele. fico na dúvida pois queria fazer o método domman de aletramento materno, e aí não tenho como falar as palavrinhas e ler em português e depois falar o resto do tempo em inglês!!!
Eu ainda não decidi, pois não sei se o custo/benefício valerá a pena! o que você sugere?

Claudia Storvik disse...

Ola, Dany. A questao realmente eh o custo/beneficio. Uma opcao seria 'terceirizar' o aprendizado da lingua com a Iane sugere acima. Boa sorte com a sua decisao! Um abraco, Claudia

Josi disse...

Oi adorei a matéria!
Moro no norte da Alemanha e já li muitos artigos sobre o bilingüismo. Estou grávida de 5 mês de uma menina e nós decidimos assim.
Papai nativo alemão, só vai falar no seu idioma, Mamãe brasileira em português. Já comecei a ler os primeiros contos para nossa princesa.

Bjs
Josi

Isa Pedro disse...

A minha experiência foi muito boa e gratificante, sempre falei apenas o português com minha filha e o pai o alemão e o suíço alemão (ele não fala o português)e eu converso com ele em alemão mas não falo e não entendo o suíço alemão.
No começo minha filha só falava português mas hoje com quase 3 anos ela fala tudo em português e conversa com o pai e pessoas que só falam o idioma local naturalmente, acho isso o máximo...um grande presente para a vida dela, e com isso até meu marido acabou aprendendo muitas palavras em português para poder entender o que ela queria no começo desse processo...não foi fácil para ele mas valeu a pena ter paciência e compreensão...tudo que é feito com amor fica mais fácil.
bjs e parabéns pelo Blog, estou sempre por aqui lendo.

Kátia Xavier de Azevedo disse...

Conforme orientação propiciada para os participantes da palestra Aletramento Materno, aprender qualquer língua durante a primeira infância é sempre mais fácil do que aprender depois de dois anos ou três anos de idade. Glenn Doman constatou isso. Em uma palestra sobre o ensino de língua estrangeira aprendemos como funciona o cérebro e descobrimos que a criança, ao ter contato com mais de uma língua, corretamente, ela acaba guardando uma em cada gaveta do cérebro. Mas isso só é possível nos dois primeiros anos de vida. Depois o que a criança ou o adulto faz é pura tradução na primeira língua que ela teve contato até os três anos de idade. Então, na verdade, se a criança tiver a oportunidade de aprender duas, três, ou mais línguas, corretamente, sem mistura, antes de um ano de idade, tantas línguas que ele dominar, serão consideradas as línguas mães. Ao fazer tradução gastasse um tempo que faz diferença no processo cognitivo. Sobre o que é o Aletramento Materno oferecemos mais informações no site www.aletramentomaterno.org Sucesso.

Sonia disse...

Olá. Parabéns pela entrada. Os nossos filhos estudam na escola fancesa mas nem o meu marido nem eu falamos francés mas não esta sendo um problema, tudo esta dando muito certo.
Eu costumo recolher as questões desde aprendizado multilingüe no meu blog http://las3lenguasdemis2hijos-sonia.blogspot.com.es

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