terça-feira, 5 de abril de 2016

Português como Língua de Herança: A filosofia do começo, meio e fim


No ano passado participei de um projeto editorial muito bacana organizado pela Brasil em Mente (BEM), instituição que já é referência nos estudos do português como língua de herança (PLH). Esse projeto resultou num livro escrito conjuntamente por 14 mulheres que se destacam como professoras, pesquisadoras e promotoras do PLH - Português como Língua de Herança: A filosofia do começo, meio e fim.  




O livro, que discute temas relacionados ao ensino, promoção e manutenção do PLH nas diversas fases do desenvolvimento da criança, foi organizado por Felícia Jennings-Winterle, fundadora da BEM, e Maria Célia Lima-Hernandes, que também escreveram alguns dos capítulos. As outras autoras são Andreia Moroni, Cássia Bittens, Carine de Oliveira Rocha, Karina Viana Ciocci-Sassi, Patricia Fincatti, Luciana Lessa Rodrigues, Ivian Destro Boruchoswki, Juliana Azevedo Gomes, Andréa Menescal Heath, Ana Lúcia Cury Lico e Gláucia V. Silva. 

Pelo fato de eu ter uma filha bilíngue já praticamente adulta, contribuí para a terceira parte do livro, “O fim”, que trata de adolescentes e adultos. A professora Ana Clotilde Thomé Williams, da Northwestern University, escreveu uma resenha sobre o livro e descreveu da seguinte forma o capítulo do qual sou autora, intitulado Chegando ao fim da jornada: bilinguismo, biculturalismo e identidade na adolescência:  

“O jovem e o adulto bilíngue têm um desafio muito grande: que importância dar a seu bilinguismo e biculturalismo? Os filhos de brasileiros que moram no exterior buscam uma identidade para se apoiar. E aqui reside mais uma vez o papel fundamental da família: a relação dos adolescentes com os pais é essencial para a identidade linguístico-cultural do filho. Nessa fase, o jovem fará suas escolhas e no fim das contas, pesará se o longo caminho de aprendizagem do PLH valeu a pena.  Ao contemplar os relatos do livro, as experiências e a proposta como um todo, os resultados certamente compensarão os sacrifícios da jornada.”

Os outros capítulos de Português como Língua de Herança: A filosofia do começo, meio e fim são:

O começo
  • Português como língua de herança: o começo de um movimento
  • O começo do começo: a promoção do vínculo afetivo e o desenvolvimento emocional e cognitivo pela língua de herança
  • O papel dos pais na transmissão de língua de herança: planejamento e prática
  • Língua de herança como integradora de identidades

O meio
  • Aprender a ouvir dentro da palavra: o meio pelo qual brasileirinhos lerão o mundo
  • A educação bilíngue nos EUA e os desafios para o ensino de português como língua de herança
  • Diretrizes e princípios norteadores para um currículo de língua de herança
  • A criatividade como meio para as aulas de PLH: o trabalho com brasileirinhos na região da Catalunha, Espanha
  • O portal mágico no ensino de PLH: o livro como meio
  • Família, escola e comunidade no processo de ensino-aprendizagem de PLH: do começo ao fim

O fim
  • O fim é apenas o começo: o ensino de português língua de herança para adolescentes e adultos
  • Chegando ao fim da jornada: bilinguismo, biculturalismo e identidade na adolescência 

As autoras participaram do projeto como voluntárias, não receberam qualquer remuneração pelo seu trabalho, e todo o lucro das vendas do livro reverterá em favor da BEM para ser aplicado em projetos de apoio ao PLH.

O livro pode ser comprado diretamente do site da BEM aqui ou da Amazon aqui.




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2 comentários:

Bárbara Hernandes disse...

Claudia, curto muito seu blog. Não tenho filhos, mas sou muito interessada no assunto e penso, pra de repente no futuro, criar algum projeto de PLH aqui em Dublin, onde moro. Há muitas famílias brasileiro-irlandesas por aqui! Eu já conhecia a BEM e queria comprar o livro, mas agora que sei que você fez parte do projeto, é mais uma indicação de que preciso adquiri-lo. Obrigada!

Anônimo disse...

Oi, Claudia. Estou super interessada no seu blog. Ainda não moro no exterior, mas estou noiva de um britânico e vamos morar em Wales. Quero muito criar meus filhos para serem trilíngues (português, inglês e galês). Será que consigo?? Espero que sim. Obrigada pelo blog, beijos!

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